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Planejamento do Governo para Ampliação da Faixa de Isenção do Imposto de Renda em 2025

O governo federal anunciou planos para ajustar a faixa de isenção do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) de R$ 2.824 para R$ 3.036 em 2025. Essa modificação visa alinhar o limite de isenção ao equivalente a dois salários mínimos, considerando o reajuste do piso salarial nacional para R$ 1.518.

Durante a posse do novo Ministro das Comunicações, Sidônio Palmeira, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou que a orientação do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva é assegurar que a faixa de isenção permaneça vinculada ao valor de dois salários mínimos. Entretanto, a efetivação dessa medida depende de aprovação legislativa e ajustes no Orçamento de 2025.


Contexto Regulador e Implicações Tributárias:


A atualização da tabela do IR não é automaticamente indexada ao salário mínimo, exigindo revisões anuais para evitar distorções na carga tributária de contribuintes de baixa renda. Essa iniciativa integra o conjunto de promessas de campanha do atual governo e está alinhada com a proposta de reforma tributária mais ampla. A meta, conforme anunciado previamente pelo próprio Haddad, é elevar a faixa de isenção para R$ 5.000 em etapas futuras.


A implementação desse ajuste exige a elaboração de medidas de compensação financeira para mitigar a perda de arrecadação decorrente da amplificação da isenção. Em pronunciamento, Haddad assegurou que o impacto fiscal será apresentado de forma transparente e que nenhuma medida será executada sem mecanismos compensatórios previamente definidos.



Defasagem Histórica e Atualizações Recentes


A tabela do IR permaneceu sem correção de 2015 até as atualizações implementadas em 2023 e 2024, agravando a defasagem entre os valores tributáveis e o aumento do custo de vida. Dados fornecidos pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco) indicam que, até dezembro de 2022, a defasagem acumulada atingia 127,34% para rendimentos equivalentes a até dois salários mínimos e 172,23% para faixas superiores.


Essa desatualização contribuiu para a inclusão de um maior número de contribuintes no cálculo do IR mensal, elevando a carga tributária de forma desproporcional. A correção proposta visa reduzir essas distorções, proporcionando maior justiça fiscal e alinhando a tabela à realidade econômica atual.


Considerações para Contadores


Profissionais da área contábil devem estar atentos às alterações propostas, considerando tanto os impactos diretos na declaração de ajuste anual quanto as implicações para a elaboração do planejamento tributário de clientes. Além disso, é fundamental monitorar a tramitação legislativa e as diretrizes adicionais que possam ser emitidas pela Receita Federal sobre a aplicação das novas regras.



 
 
 

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